sábado, 13 de junho de 2009

Sobre as notas graves e a continuidade sonora

Didgeridoo poder reverberação e imponência

Este instrumento musical é verdadeiramente impressionante, dos aborigenes australianos, um som bastante grave continuo com interferências que lembram animais das florestas... temos aqui dois fatores interessantes: 1) a continuidade do som traz à tona o mesmo procedimento que fazem os monges budistas quando recitam seus mantras, há momentos como veremos posteriormente em outro video em que chegam num continuo de som, induzindo assim a mente a ativar suas qualidades magnéticas ou eletromagnéticas, é interessante refletir neste quesito em quais seriam as interferências bioquimicas do som em nós, o fato é que as distintas qualidades dos sons interferem de distintas maneiras em nossas respostas emocionais, neuro-quimicas e supostamente espirituais, os sons graves incitam pensamentos sérios enquanto a sonoridade aguda leva ao que é engraçado, cômico ou até irritante. De outra maneira os sons que têm uma fluência continua levam à um estado de harmonização, enquanto sons curtos levam à um estado de ativação da atenção do raciocinio e da lógica, é assim que podemos considerar a múzica clássica de mozart como um estilo musical que trabalha o raciocinio lógico e musicas com caráter meditativo ( Que se utilizam de notas graves acrecidas da continuidade sonora ) como musicas que trabalham a espiritualidade, parte criativa que leva a mente a entrar em estados de ondas mentais mais profundos, podendo com algum treinamento a levarnos à outros estados de percepção da realidade. O mais impressionante é que temos uma similaridade bastante grande nos orgãos de igreja, com muitas musicas compostas por Bach, as caracteristicas são praticamente as mesmas.

Sutra do Lótus Sagrado respeito às forças infinitas


Sutra do Lótus Sagrado ( http://pt.wikipedia.org/wiki/Sutra_do_L%C3%B3tus ) sonoridade grave, há momentos terríveis se é que assim pode ser descrita uma sensação sonora provinda de uma exigência a de ser perfeito, o poder do alto é realmente algo que impressiona, tanto o Didgeriddo como esta sutra se enquadram nos mesmos parâmentos sonoros propondo as mesmas respostas químicas no cérebro, sabe-se que cada nota possui uma frequência específica ( assim como as cores ) acessamos assim uma frequencia determinada, a grave, incitando respectivamente um padrão especifico de postura psicológica e emocional: respeito, consideração, reconhecimento de uma amplitude inimaginável. O mesmo conceito de notas graves pode ser aplicado no video a seguir:

Heart Sutra Chanting Geshe kunkhen


Toccata & Fugue in d minor ( Bach, J. S. )


Na mesma categoria de sons e notas graves podemos aplicar este instrumento impressionante, que possui um nível de complexidade fora do comun, há imponência, reverberação e autoridade impressionantes no som deste instrumento musical composto especificamente para ser uma "voz de Deus" na terra, só de ouvir faz arrepiar... O fato é que encontramos nele elementos adicionais além daqueles que estamos estudando, pois tal como no Didgeridoo ou no Heart Sutra de Geshe Kunkhen encontramos o elemento grave e aspectos por momentos de continuidade do som, aliás existe uma regra do piano erudito que diz que as notas agudas devem durar menos e as graves devem ter uma continuidade maior, não seria esta regra uma resposta à uma naturalidade da audição humana, e das necessidades neuro-químicas do cérebro? Pois bem, o fato é que no órgam se adiciona mais um elemento musicas, pois ele permite que sejam utilizados também os agudos, desta maneira a música de Bach perpassa por momentos mais racionais com frases sonoras mais elaboradas, como temos no sistema de pergunta-resposta, no entanto quando os graves se apresentam há uma espécie de definição única, não há yin tampouco yang há o que os chineses chamam de Tao, a união das duas energias formam uma verdade única e derradeira, por isto a reverberação é de fato de um mundo superior, atemporal e não-espacial simplesmente a verdade. De fato é inegável a concordância de que as notas mais graves referem-se à assuntos mais sérios, e as agudas à assuntos mais distraidos, tal como se diz que tal pessoa falou em tom grave, procurando demonstrar que o assunto era de caráter sério, dificilmente ver-se-á o homem procurar chegar à Deus, em um estado verdadeiramente místico transcendente utilizando um bandolin ou um cavaquinho que emitem notas demasiado agudas que são mais aconselháveis para tipo de musicas engraçadas, descontraidas, despreocupadas, alegres ou até satíricas como muito se vê, notamos inclusive em Índios Cherokee utilizando tambores bastante largos em circunferencia produzindo sons de certa gravidade, Monges tibetanos utilizando cornetas gigantescas...

http://www.durhamcathedral.co.uk/introduction/gallery/organ


E até fora da religião mas dentro da espiritualidade e transcendência podemos notar Modest Mussorgsk, compositor russo de vida bastante conturbada compondo trechos com momentos que vão da singeleza infantil e mágica dos agudos até os respeitáveis e interiorizadores graves em sua obra de grande envergadura e reconhecimento "Pictures at an Exibition", como ver-se-á à seguir na interpretação de Kissin:



Vamos observar o seguinte video com atenção "Tantra of Gyuto - Sacred Rituals of Tibet (1968)", Observa-se claramente a continuidade do som grave, sabemos que cada nota musical, assim como cada cor, possui um comprimento de onda específico. É notável perceber o quão graves são as notas atingidas pela voz humana, que ativam determinados poderes mentais, é importante mensionar que além de uma ativação sonora os monges neste ritual sagrado tântrico executam determinados movimentos ( extremamente lentos justamente para melhor ativar e sentir os fluxos energéticos ) com as mãos com detalhes de "mudras" executadas pelos dedos, as imagens sempre lembram a morte, podemos interpretar a morte enquanto profunda transformação espiritual, em 5:30 min. temos os instrumentos, o "Long Tibetan Horn" Uma corneta bastante longa de sonoridade bastante grave, assim como o didgeridoo australiano, e tambores relaivamente largos em circunferência.



Anuttarayoga Tantra
...or Highest Yoga Tantra is the highest of four classes. The practice of Highest Yoga Tantra in the Vajrayana tradition of Tibetan Buddhism is characterized by the requirement of an empowerment from a qualified guru, usually a lama, use of ritual techniques, and the practice of various meditative and subtle body yogas, to effect personal transformation and attain enlightenment through the realization of the self as a Meditational Deity, or Yidam.Five collections of Highest Yoga Tantra became prominent in Tibet initially: Guhyasamaja or 'Esoteric Community', Yamantaka or 'Death Conqueror' (alternatively known as Vajrabhairava or 'Vajra Terrifier'), Hevajra or 'O, Vajra!', Mahamaya or 'Great Play of Illusion' and Chakrasamvara or 'Wheel of Great Bliss'. The Kalachakra or 'Wheel of Time' tantra, was disseminated slightly later. To date, the term 'Anuttarayoga Tantra' has not been discovered in Indian sources, wherein the categories used are Mahayoga, and Yogottara, Yoganiruttara, or Yogini-tantras for what the Tibetans consider "Father" and "Mother" Tantras. ( From Wiki )

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